Como foi neste dia que a nossa "correria" em Roraima começou, é possível que os relatos aqui descritos a partir de então possam não conter tantos detalhes quanto gostaríamos de registrar aqui no blog já que durante o período que estivemos em Baliza não conseguimos despender o tempo que queríamos para atualizar este diário.
A alvorada (toque militar nos quartéis) veio às 6:30 quando então nos preparamos para o café (muito farto, por sinal) no próprio quartel.
Depois do café pegamos o “kit rondonista”, o que foi uma explosão de alegria para todos.
Vestir aquela farda verde, pôr o chapéu e encher a garrafa de água e encaixá-la na mochila que já estava nas costas era como vestir um Avatar, uma sensação de ter conquistado uma grande batalha de ser enfim um Rondonista. Desde as primeiras reuniões para levantarmos a nossa Proposta de Trabalho víamos fotos de rondonistas de operações anteriores explorando caminhos, batendo papo com a comunidade, ensinando-a, trocando experiências e agora lá estávamos nós gritando um forte “BORA RONDON!” como em nossa capacitação. Só que agora de farda! Drama esse que fez tudo se transformar motivo de foto! rsrrsr
Como planejado, depois do café seguimos para o auditório da Universidade Estadual de Roraima (UERR). Lá aconteceu a cerimônia de abertura da Operação Centro-Norte do Projeto Rondon em Roraima que contou com a presença de militares, autoridades do estado e a comissão organizadora do Rondon. Palavras de motivação e encorajadoras foram dadas! Antes de iniciar a segunda parte da cerimônia tivemos um intervalo para lanche e compras de artesanato lá à venda.
E foto com o capitão Vial:
Uma blusa-souvenir chamou a atenção pela assertiva: “Terra de Macunaíma também é minha! Tu és Roraima“. Muitos desconhecem as bandas desta terra do Norte e as desvalorizam por pura arrogância que - lhes fazem ser professores e doutores do que não viram, quando deveriam ser alunos, e simplesmente ir ver.
Cerimônia encerrada, retornamos para almoço. Logo depois as equipes embarcaram suas bagagens em seus respectivos ônibus e seguiram seus rumos de norte a sul de Roraima: Normandia, Alto Alegre, Cantá, Caroebe, Bonfim ... Foram conosco as 4 equipes de Caracaraí e Rorainópolis (sul do estado) além da Severino Sombra que junto conosco seguiu para Baliza.
Quando chegamos em Caracaraí ainda era dia. As equipes que desenvolveram atividades lá ficaram hospedadas num hotel da cidade. Que por sinal é uma das mais populosas do estado (~ 48 mil hab.). Uma drogaria próximo ao hotel chamou atenção pelo nome: Vitória Régia (lembra do que falei das resenhas da ida Ilhéus-Salvador??)! rsrsrsr
Seguimos caminho para Rorainópolis. Não é difícil identificar no mapa de Roraima que foi necessário, depois de deixar as equipes que por lá se instalariam, ter que fazer o caminho contrário do que havíamos feito para enfim pegar a estrada no sentido de São João da Baliza. Mas retornando à parada em Rorainópolis. As equipes foram recepcionadas com a falta de energia na escola que ficaram hospedadas. Por sinal, essa falta de energia também nos acompanhou em Baliza durante alguns dias! “Lanternas pra que te quero”!
Agora éramos só nós, a equipe da USS e o anjo Mothé (ainda não tão íntimo). Aproveitamos a viagem para nos entreter e descontrair com um violãozinho que não podia faltar!
Conversa vai, conversa vem, brincadeiras pra cá e piadas também... chegamos mais rápido do que imaginávamos. Depois de quase 09 horas de viagem chegamos em São João da Baliza !
Ao desembarcar e entrar na Escola Padrão Darcy Pedroso por volta das 23h fomos recepcionados pela Secretária de Educação Elisangela, Rogher e Robson que nos contaram que até poucos momentos antes de chegarmos, as autoridades da cidade e muitos moradores estavam lá nos esperando para a cerimônia de abertura que tinha direito até a uma banda local pra fazer uma confraternização pra nós. Nos espantamos pela tamanha receptividade quando soubemos que muitos dos moradores que lá compareceram saíram da Vaquejada que estava “rolando” na cidade só para nos receber! Com tão poucas opções de lazer que Baliza tinha, é de se impressionar esta atitude !
Então nos instalamos, jantamos e passamos a primeira noite na cidade de São João da Baliza.
O município que dominou nossa mente nos últimos 3 meses e que nos fez desenvolver diversos planos para poder realizar um bom trabalho, que nos fez questionar inúmeras vezes: “será que vai dar certo?”, “qual será a reação deles?” ! Agora estavamos lá, firmes e fortes para começar o nosso trabalho !
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